Você provavelmente conhece o ditado “tal pai, tal filho!” e até pode já tê-lo usado alguma vez em uma constatação. Essa é uma expressão que se aplica bem na maioria das vezes, pois os filhos absorvem muito das atitudes dos pais e muitas delas são levadas pelo resto da vida. Por isso os exemplos que damos aos nossos filhos são muito importantes para a formação do caráter deles. Aprendemos mais com um exemplo do que com muitas palavras. Um filho que tem pai amoroso, tende a ser amoroso também; se o pai é um exemplo de generosidade e honestidade, por exemplo, a chance de seu filho herdar essas características também, é grande. E isso vale tanto para os bons quanto para os maus exemplos, que poderão ser absorvidos e levados para a vida toda.
Ao refletir sobre isso, penso que não seja via de regra. Existem exceções. Bons pais podem acabar criando filhos que se tornarão pessoas ruins e pais ruins criando filhos que se tornarão ótimas pessoas no futuro, apesar de toda uma influência negativa que possam ter recebido. Na verdade, existe uma infinidade de fatores que também irão exercer influência sobre a vida de cada um e terão um peso no desenvolvimento do indivíduo. Mas ficando apenas no básico, esse ditado parece se aplicar perfeitamente aos filhos de políticos. Especialmente os corruptos. Vira e mexe, eu ouço notícias de um e digo: tal pai, tal filho. Se tem uma coisa que eu gostaria de ver é o filho de um político preso por corrupção, dar a cara para se desculpar com o povo pelos crimes do pai. Ou pelo menos um que possa se orgulhar de dizer que não se beneficiou do fruto da corrupção. Parece que honra e caráter não estão muito na moda nesta categoria.
De uma forma geral, mesmo que não seja ilegal, sabemos que a maioria dos políticos se agarra aos benefícios da forma que pode, igual cachorro no osso. E vira e mexe estão aprovando um novo penduricalho que vai reduzir mais um pouco as verbas que poderiam ser da educação ou da saúde, por exemplo. Um que me chamou a atenção, nesse sentido, foi em relação ao plano de saúde do Senado, quando o presidente do Senado estendeu o limite de idade para que os filhos dos senadores possam gozar deste benefício até os 33 anos. Isso mesmo, até os trinta e três anos. Enquanto a maioria do povo, que sofre com a pobreza, nem sequer tem condições de pagar um plano de saúde e tem mesmo é que contar com sistema de saúde público, precário e ineficiente, devido à falta de investimentos na área, ou seja, o indivíduo que entrou lá para melhorar a vida do povo e o país de uma forma geral parece só se preocupar com ele mesmo e “arrancar o que puder”.
Talvez isso melhorasse se todos os políticos e familiares fossem obrigados a usar o SUS. E que tal se um político ao ser eleito tivesse que passar seus filhos para a escola pública? E nada de seguranças exclusivos pagos com dinheiro público para eles, é claro. Assim como o povo, deveriam confiar apenas na segurança pública que eles mesmos ajudam a afundar. Bom, isso seria interessante, mas não vai acontecer, pelo menos não neste momento, pois são os próprios políticos que têm poder sobre todas essas coisas. Mas com o povo se tornando mais crítico e fazendo melhor uso do voto, isso pode mudar um dia. Votar mal acontece, o que não pode é repetir o erro. Então, vamos analisar melhor antes de eleger nossos representantes, se quisermos resultados que realmente atendam às nossas expectativas.
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